Quando nasci era assim:
No distrito de Barroquinha
O ente que ao mundo vinha,
Era filho de Camocim.
Era ainda curumim,
Quando os documentos tirei,
A quem duvidou sempre provei:
Sou natural do Camocim.
Que na Barroca nasci,
Hoje falo aos quatro cantos,
Porem nunca esquecí
Que meu Camuça é um encanto.
Com muito orgulho no peito,
Posso das duas cidades falar.
Mesmo vivendo distante,
Entre as duas hei de morar.
Moro hoje em Fortaleza,
A minha vida vim tentar.
Porém tenho a certeza,
É quase hora de voltar.
Na cidade de Alencar,
Trabalho feito um ‘doidim’.
E todo mês a família convida:
Vamos pra Camocim?
Com a Naiana formada,
E o Júnior a estudar,
Vou preparar os molambos,
Pra minha terra voltar.
Quando chegar o momento,
Logo não exitarei.
E pra não dar gosto a Diana,
Em nenhuma residirei.
Optarei para entre as duas,
Construir um belo lar.
Para onde der vontade,
Dar um pulo pra chegar.
Barroquinha não se peocupe
Com o meu amor por Camocim.
Meu coração é tão grande,
Que cabem vocês ‘tudim’.
O meu amor por Barroquinha,
Não é assim um só ‘tantin’.
Somente posso comparar,
Ao meu amor por Camocim.