segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Lapinha de Natal


Durante o período natalino, não tenho como esquecer a lapinha que era montada, todos os anos, na sala da casa de tia Leontina e tio José Maria, onde moravam na rua do Ouvidor.
Embora o presépio, fosse o mesmo já de vários natais, eu encontrava um jeito de identificar sempre novas imagens e conhecer novos personagens que fizeram parte da história do nascimento de Cristo.
Os pastorinhos, os reis magos, a imagem do menino Jesus no estábulo, junto da Virgem Maria e São José, fazia-me viajar naquele pequeno mundo diante de mim.
As casinhas, os animaizinhos, os bonequinhos figurantes da lapinha, me faziam sentir parte daquele canto da sala.
Infelizmente, nos dias atuais, quase já não vemos tais presépios instalados. As crianças, sempre voltadas ao consumismo imediato, já não fazem aquela viagem que eu costumava fazer dentro da minha infantilidade.
Os pais, já não têm a devida preocupação de despertar na mente dos filhos, o conhecimento necessário desta história que me despertava tanta curiosidade.
Temos que considerar o nascimento e a vida de um homem, que há mais de dois mil anos, embora soubesse ler, nunca escreveu um livro.
Que, embora tenha andado sobre as águas, nunca se afastou mais de 400 km do lugar onde nasceu. Nunca usou arma alguma. Não detinha ouro e nem exércitos.
Pregou apenas o amor a Deus e ao próximo, essencialmente.
Mesmo assim, nem os mais poderosos reis que já existiram na história da humanidade, não sejam juntos, nem de perto, mais falados que Ele. Ou, tenham conquistado maior número de admiradores e seguidores como os que Jesus Cristo fez e continua fazendo.



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