domingo, 18 de julho de 2010

Nascimento do Paulo

O sol alto e bem raiado, meu pai me acordou e disse: - ‘o neném vai nascer’, levante-se.

Estávamos na casa de minha avó Chicota, dormíamos todos no mesmo quarto, quando minha mãe começou o trabalho de parto.

Logo, dona Sônia, enfermeira que acompanhava minha mãe, percebeu que não seria um parto muito simples.

No final da manhã, depois de muito sofrer com as dores da mamãe, meu pai, não cabia em si de preocupação.

Como tudo em nossa família, tende haver o dedo de Deus, eis que aparece na casa da vovó, o tio Fernando Gouveia. Que, ‘aperriado’ como ele só, vendo o sofrimento de todos com as dores de sua irmã caçula, não titubeou e falou para meu pai: - “Vamos, vamos, compadre. Vamos levar a comadre pra Camocim!”.

Imediatamente, estávamos prontos para viajar. Não lembro onde e nem com quem meu irmão Emanoel ficou. Mas lembro que na saída, alguém o fez tomar a benção pra minha mãe.

Aquilo me fez chorar muito. Me emociono até nos dias de hoje, inclusive. Pois, foi a primeira vez que tive medo de perder minha amada mãezinha.

Naquele momento, embora com quatro anos de idade, percebia que tudo cogitava nesse sentido.

Em Camocim, fomos direto para o Hospital, onde pouco tempo depois meu segundo irmão nasceu, dia 24 de Março de 1975, assistido por uma freira, com 51,0cm e pesando 4,800Kg. Um verdadeiro gigante, para a época!

domingo, 11 de julho de 2010

Gouveia Neto, por quê?

Sempre digo que onde chego, pareço ter escrito na testa: “me chamem de Neto”. Em qualquer lugar que eu esteja, duas características não me fogem: todos sabem que sou natural de Barroquinha e que atendo por Gouveia Neto, ou apenas Neto se preferirem.

Os amigos mais próximos, assim como, os colegas de trabalho, ficam indagando:

- Como um cidadão que não tem “Neto” no nome, pode ser chamado assim?

Respondo, na maioria das vezes, que a estória é longa e que irei explicar depois. - E esse depois nunca acontece. Eles dizem.

Para esclarecer de vez, àqueles que ainda não conhecem essa pequena estória vou dizer-lhes o que aconteceu.

Quando nasci, minha mãe falou ao seu pai, o velho Chico Gouveia, que me chamaria Francisco Gouveia Neto, uma justa homenagem ao mesmo. Assim, logo os familiares passaram a me chamar de Netinho, é claro.

Naquela época, os pais não tinham a obrigatoriedade, que existe hoje, de registrar seus filhos recém-nascidos, deixando para registrá-los num momento oportuno.

Comigo não foi diferente. – ‘Todos já o conhecem por Netinho, a gente registra depois’; disseram meus pais.

Quis o destino, que após meu primeiro ano de vida, meu avô viesse a falecer sem que eu ainda possuísse certidão de nascimento.

Meses depois meu pai, de comum acordo com minha mãe, fez meu registro colocando seu sobrenome no primeiro filho, excluindo o nome Neto, oficialmente.

Com a morte do pai, minha mãe herdou uma botica homeopática, chamada assim pela família, da qual meu avô tirava um complemento financeiro à sua aposentadoria, revendendo remédios homeopáticos receitados por ele próprio.

A referida botica, na realidade um pequeno armário de madeira cedro, que guardava remédios fabricados com produtos naturais de medicina alternativa, precisava adquirir as mercadorias para atender as solicitações de muitos pacientes da nossa localidade.

Diante do pedido de muitos, minha mãe, resolveu escrever ao fornecedor, no Rio de Janeiro, assinando o remetente como Gouveia Neto, numa tentativa de informá-lo, nas entrelinhas, que uma segunda pessoa estaria assumindo a botica.

Desde então, em todos os meus documentos constam Francisco Gouveia Farias, porém, carrego comigo o peso e a responsabilidade que representa para minha família e para o passado de nossa cidade, o nome Francisco Gouveia.

Sebastião Adolfo

Homem destemido, nunca levou desaforo para casa. De paciência curta, a não ser com os filhos ou com aqueles a quem admirava e tinha fraternal amizade.

Não poderia ser de outra forma, é assim que vejo em minha lembrança, até hoje, meu avô paterno.

Nasceu na cidade de Ipú-CE, no dia do padroeiro de quem levou o nome, em 20 de janeiro de 1914, vindo residir ainda menino, na vila de Lagoa do Mato, em Barroquinha.

Sebastião Adolfo Farias, embora sem letra, como ele mesmo dizia, dotava de grande inteligência e perspicácia.

Para sobreviver acumulou durante sua vida as funções de pedreiro e pintor, além de cuidar da agricultura em seus próprios roçados. Quando jovem, trabalhou ainda, viajando e comercializando nos comboios entre a serra da Ibiapaba e Bitupitá.

Casou-se duas vezes. Porém, nunca deixou de ter o mesmo sogro e a mesma sogra. Pois, após o falecimento prematuro de Francisca Clemente de Sousa, minha avó, mãe de meu pai, desposou uma cunhada mais jovem.

Com sua segunda mulher, Inês de Sousa Farias, tiveram cinco filhos, sendo: José, Maria, Francisco, Francisca, esta chamada carinhosamente de ‘Nêga’ e o caçula Sebastião.

Além destes, ainda tomou para adoção as seguintes crianças: Otávio, França, Maria Vanda e Viviane, que assim como aos seus filhos biológicos, dedicou por toda a vida, o seu exemplar e cuidadoso amor paterno.

De poucas palavras, comigo, sempre mais ligado ao meu irmão Emanoel, nunca esqueceu, embora de forma encabulada, de mostrar o seu carinho, o seu orgulho, a sua afeição e sua preocupação de avô.

Sempre, quando eu o encontrava, depois da benção, me perguntava se estava tudo bem com os meus estudos ou com minha vida pessoal.

Da ultima vez que o vi, tive a honra, a satisfação, o tempo e o orgulho de lhe apresentar sua primeira bisneta, minha filha Naiana Iris, quando esta ainda tinha quatro anos de idade.

Já não mais ostentava a voz. Quase sempre rouca, estava ainda mais baixa. Mas, percebi que aquela menininha lhe causou visível emoção.

Meu avô faleceu dia 31 de Julho de 1996. Em um dia em que meu pai, ao me dar a notícia por telefone, emocionado, disse: - ‘Hoje estou enterrando meu pai. Agora, são vocês que deverão me enterrar’.

Uma mensagem que compreendi sendo para mim e meus irmãos, relacionada à ordem natural da vida. Onde, a dor de se enterrar o pai, consegue ser menor que a dor de sepultar um filho.

Isso me emocionou profundamente.

Barroquinha por escrito II

“Paço Imperial"


Para honrar a seguinte promessa: “Se necessário, venderei até a última jóia de minha coroa, mas não quero um cearense (depois muitos disseram nordestino) morrendo de sede”, o Imperador D. Pedro II, enviou várias comitivas ao interior da província do Ceará para socorrer os flagelados das secas.

Estas comitivas, também chamadas de Comissões Imperiais, então, viajaram por todo Estado do Ceará criando várias obras de infra-estrutura, como: estradas, barragens, poços e açudes, dentre eles o açude Cedro na cidade de Quixadá. O mais famoso até hoje.

Tudo isso, para que os cearenses passassem menos dificuldades nos anos de seca.

Uma destas comitivas do império viajou, portanto, por todo litoral norte do Ceará, passando por varias cidades. E, em obediência as ordens do Imperador, por onde estiveram deixaram benefícios para os moradores.

Passando por nossa cidade, construíram um poço profundo, exatamente onde era a antiga caixa d’água ao lado do Posto de Saúde, com capacidade para 400 mil litros de água por hora.

Pela perfuração do poço e por esta passagem da comitiva Imperial, Barroquinha ficou conhecida no início por “Passo Imperial”. Com a ampliação do quadro da igrejinha na ‘rua de baixo’ passou-se a chamar “Paço Imperial”.

A pobre e pequena vila de agricultores e caçadores chamada de Passo Imperial, liderada por Porfírio Dilaborão, servia de entreposto, ou seja, ponto de apoio para viagens de comboieiros, onde estes se arranchavam para pernoitar.

Os comboieiros, eram livres comerciantes que levavam e traziam seus comboios de dezenas de animais carregados com tecidos, farinha, algodão, peixes secos, mel de abelhas, couros ou peles curtidas, etc.

Uma empresa localizada na cidade de Granja por nome de “Irmãos Gouveia Comércio e Exportação”, de propriedade de Antonio Diogo Gouveia (foto) e seu irmão Antonio Luis Gouveia, era a principal encarregada deste leva e traz dos comboieiros, uma vez que comercializava suas especiarias, através do porto de Camocim, com o continente europeu, especificamente Portugal, país de origem dos irmãos Gouveia.

Comentou-se também, sem registro oficiais de datas, tão pouco documentos que comprovem esta ocorrência, que alguns posseiros liderados pelos senhores Antonio Diogo Gouveia e José Zeferino de Veras, arremataram do Estado as terras onde hoje se situa Barroquinha e doaram à Santa Padroeira, Nossa Senhora dos Navegantes.

Estas mesmas terras, que rumavam ao norte com o travessão que separa a Barra do Rio Remédio até a Barra do Rio Timonha; que ao sul extremava com Baixa dos Baités; ao leste limitava-se com as palmeiras e o oeste datava das melancias, tornou-se distrito de Camocim pelo Ato de 07.06.1983, ainda sob a dominação de Paço Imperial.

Não se conhece o estudo lingüístico ou histórico do nome “Barroquinha”. Acredita-se, porém, que com a vinda dos Correios na década de quarenta, tenha-se oficializado esse nome em virtude de predominância em nossos solos do barro massapé, de formação argilosa e decomposta de cal. Não obstante, haja registros do nome ainda no inicio do século.
Na década de 1920, Barroquinha tentou mostrar seus primeiros passos de desenvolvimento, quando foi instalada uma pequena indústria de descaroçar algodão, trazida pelo senhor Antonio Diogo Gouveia, (foto),  mas que não durou e suas ruínas foram posteriormente substituídas por uma bomba de gasolina. Esta bomba foi instalada, mais ou menos, onde funciona o novo posto de saúde.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Água salgada

Quando moramos, pela primeira vez, em Camocim, em 1981, meu pai havia permanecido em Barroquinha, para exercer a função de pedreiro, com os clientes que já tinha.

Seria mais fácil assim, do que procurar trabalho no novo e mais concorrido endereço.

Todos os sábados ele ia para passar os fins de semana conosco, na princesa do mar.

Certa vez, no domingo, ele pegou a mim e meus irmãos e nos levou à praia. Mais ou menos na altura da pedra do mero.

Logo que começamos ao banho, percebi algo errado, mas não alarmei. Ora, nunca tinha entrado no mar, aquilo era novidade, portanto nada me fazia admirar.

No entanto, em dado momento, percebi que meu irmão Emanoel, também havia percebido algo estranho.

Sempre muito impulsivo, ele não se conteve:

-“Papai, vamos sair daqui, vamos mais pra ali. A água aqui é muito salgada”.

Lembro que meu pai sorriu levemente e explicou, carinhosamente a ele, que no mar, a água seria sempre salgada.

Isso sempre me fez rir. A ingenuidade do meu mano, assim como a minha própria, era enorme.

Esse menino é um artista.

No ano de 1981, após concluir a 4ª série com a professora Socorro, meus pais decidiram que eu deveria estudar em Camocim.

Seria um sacrifício enorme para toda a família, pois mesmo se tratando de uma cidade próxima, até então sede do município, haveria os transtornos da mudança, moradia e adaptação uma cidade maior, sem falar que meu pai teria que permanecer em Barroquinha em razão dos serviços que executava como pedreiro.

Mesmo assim, passamos por cima de tudo e fomos residir em Camocim.

Moramos, portanto, durante seis meses. Depois, apenas eu permaneci para dar continuidade aos estudos.

Fiquei perambulando nas casas das tias, com uma saudade danada dos pais, dos irmãos, dos amigos e especialmente da minha Barroquinha.

Certo dia, descobrimos, que a empresa de ônibus, Ipú-Brasília, fornecia um ‘passe estudantil’ que evitava despesas com passagens entre a cidade e o distrito.

Meu pai, então falou com o senhor José Maria Lúcio, gerente da empresa, fazendo com que eu voltasse a morar em Barroquinha. Indo diariamente à Camocim, estudar no Instituto São José, onde também havíamos conseguido uma bolsa.

Fiquei nesse vai e vem, por cinco meses.

No final do ano, depois de aprovado na quinta série, meu padrinho José Veras, homem sério, cara fechada, pouco me dirigia à palavra, a não ser nos momentos em que eu o tomava a benção, casado com minha tia e madrinha Sarah, me chamou na frente de muitos e disse: “- Esse menino é um artista”. Fiquei muito assustado, mas ele continuou: “- Estuda aqui no Camocim, viaja todo dia pra Barroquinha, e agora passou de ano.

E continuou: “-Tem muita gente, que mora aqui, não acorda às quatro da manhã, não tem que viajar todo dia como ela faz, e não é aprovado”.

Embora, não me considerasse nenhum gênio realizando uma grande obra-de-arte, assim como, houvesse passado de ano, apenas para cumprir minha missão de aluno e retribuir o sacrifício dos meus pais, fiquei orgulhoso de mim mesmo.

Afinal, aquele homem, quem eu tanto temia, até mais que ao meu próprio pai, havia reconhecido minha luta e me feito um emocionante e inesperado elogio na frente de um ‘monte’ de gente.

Entendi que o ‘artista’, daquele dia, foi uma forma acanhada que meu padrinho encontrou de me exaltar. Só que do jeitão dele!


Açudinho

Quando criança era comum nos períodos de chuvas, após as chamadas sangrias dos aguados, toda a meninada do lugar, se divertir nos banhos do açudinho.

O nome açudinho dava-se em razão da existência de outro local de banho, esse bem maior e um pouco mais afastado do centro, existente até hoje, que chamávamos apenas açude.

O nosso açudinho se localizava, mais ou menos, nos fundos dos quintais das casas da rua de baixo, na margem do rumo de quem sai de Barroquinha em direção ao São Vicente, Araras e Bitupitá.

Estava diretamente ligado, num aguado só, dentro dos terrenos e cercados, com mais outro banho que conhecíamos por bueiro. Este, localizado à margem da outra saída, em direção à cidade de Chaval.

Neste período também se aglomeravam no local, para além dos banhos no açudinho, um grande número de mulheres, entre senhoras e moças que se ocupavam nas lavagens de roupas.

Como não sabíamos nadar, nossa mãe não permitia nem a mim e nem aos meus irmãos, muitas idas até lá. Apenas na sua companhia e de mais ninguém.

- ‘Água não tem cabelo, e vocês são muito afoitos!’ Ela nos dizia severamente.

Obrigava-nos, quando íamos, que somente tomássemos banho no raso. E o que era pior, ainda tínhamos que levar uma escorredeira de macarrão da cozinha, para assim, simular um banho de chuveiro e não termos que mergulhar.

Isso, contrariando nossa vontade, claro, já que gostaríamos de agir como os demais garotos faziam.

Hoje, quase não consigo mais identificar o local exato do açudinho. Porém, jamais deixaria de citá-lo. Pois, o mesmo foi e sempre será, uma grande recordação de minha infância, como não dizer, dos meus amigos e contemporâneos.

domingo, 4 de julho de 2010

Barroquinha em poesia

Com alegria vimos parabenizar-te,
Barroquinha de povo festeiro,
Forte, humilde e companheiro.
Um filho teu nunca haverá de negar-te.

Andemos por onde andar,
Fiquemos onde ficar,
De ti, temos sempre que dizer.
Rezando, pedindo a Deus,
Que lembre dos filhos teus.
E possam voltar a te ver.

Lembremos da brisa fria,
Que pela manhã cedo acorda.
Lembremos dos coqueirais,
Carnaubeiras e manguezais,
Belezas tão fácil achantes.
Lembremos a Virgem Maria,
Que atendeu em santo dia,
A prece dos Navegantes.

Barroquinha velha querida,
Se não podes dar a guarida,
Aos que te amam de verdade.
Trabalhamos o ano inteiro,
No duro com muito gosto.
Encarando janeiro a janeiro,
Só pra te ver em agosto.

Barroquinha de todos nós,
Agora tens maioridade.
Lembramos de ti menina,
Antes de virar cidade.
Hoje é tudo um esplendor,
Sem vaga-lumes nem estrelas
Que ninguém nunca as contou...

O sol do meio dia é escaldante,
Teu povo justo e fervoroso,
Tuas praias lindas brilhantes,
O barro com a cal argiloso.
Nas Palmeiras teu começo,
No Mucambo o teu fim,
Ah Barroca se eu pudesse,
Trazer-te num pouquinho pra mim!

Festa da Padroeira

     Sempre procurei estar em nossa Barroquinha durante a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, no mês de agosto.
     É impressionante o quanto a cidade natal nos fortalece e revigora de alegria e energia positiva.
     A tradicional “Festa de Agosto”, apesar das mudanças estruturais do lugar nas adaptações ao tempo, ainda é igual ao meu tempo de criança.
     A bandeira erguida, símbolo das festividades religiosas, as Missas campais onde os moradores do quadro sentam-se nas calçadas para assistir ao ato religioso de sua própria residência.
     A bandinha de música e suas alvoradas no raiar do dia e à tardinha, os leilões, as barracas de camelôs, barracas de bebidas e comidas típicas. Tudo como sempre foi.
     Sinto falta apenas da “ronqueira” do senhor Chico Mascelino, herdada de seu pai, o senhor Raimundo Mascelino. Fazia um ‘estrondo’ enorme! E somente era atirada durante os dias de festa, do meu tempo de menino.
     As festas “dançantes”, como são chamadas, continuam um atrativo para os jovens, como ainda continuam sendo motivo de preocupação, para os pais de hoje, jovens de outrora.
     Além de todo esse prevalecimento da tradição, ainda existe o fenômeno da união entre os barroquinhenses espalhados pelo mundo inteiro que se reencontram, neste período, numa confraternização de amizade, enfatizando lembranças e recordações, estórias, alegrias e até mesmo tristezas compartilhadas ao longo dos tempos.
     Cumprimentar aos mais velhos, nos dá a segurança que tivemos um passado, ao mesmo tempo, que passamos a eles a garantia do futuro.
     Finalmente, algo impagável é a recepção de nossos queridos familiares sempre dispostos a nos ofertar o melhor. Se doam completamente. Fazendo-nos sentir pessoas realmente amadas naquilo que o amor tem de mais puro.
     Porém, na despedida, parece que todas as nossas juntas doem, já de saudade.