Para honrar a seguinte promessa: “Se necessário, venderei até a última jóia de minha coroa, mas não quero um cearense (depois muitos disseram nordestino) morrendo de sede”, o Imperador D. Pedro II, enviou várias comitivas ao interior da província do Ceará para socorrer os flagelados das secas.
Estas comitivas, também chamadas de Comissões Imperiais, então, viajaram por todo Estado do Ceará criando várias obras de infra-estrutura, como: estradas, barragens, poços e açudes, dentre eles o açude Cedro na cidade de Quixadá. O mais famoso até hoje.
Tudo isso, para que os cearenses passassem menos dificuldades nos anos de seca.
Uma destas comitivas do império viajou, portanto, por todo litoral norte do Ceará, passando por varias cidades. E, em obediência as ordens do Imperador, por onde estiveram deixaram benefícios para os moradores.
Passando por nossa cidade, construíram um poço profundo, exatamente onde era a antiga caixa d’água ao lado do Posto de Saúde, com capacidade para 400 mil litros de água por hora.
Pela perfuração do poço e por esta passagem da comitiva Imperial, Barroquinha ficou conhecida no início por “Passo Imperial”. Com a ampliação do quadro da igrejinha na ‘rua de baixo’ passou-se a chamar “Paço Imperial”.
A pobre e pequena vila de agricultores e caçadores chamada de Passo Imperial, liderada por Porfírio Dilaborão, servia de entreposto, ou seja, ponto de apoio para viagens de comboieiros, onde estes se arranchavam para pernoitar.
Os comboieiros, eram livres comerciantes que levavam e traziam seus comboios de dezenas de animais carregados com tecidos, farinha, algodão, peixes secos, mel de abelhas, couros ou peles curtidas, etc.
Uma empresa localizada na cidade de Granja por nome de “Irmãos Gouveia Comércio e Exportação”, de propriedade de Antonio Diogo Gouveia (foto) e seu irmão Antonio Luis Gouveia, era a principal encarregada deste leva e traz dos comboieiros, uma vez que comercializava suas especiarias, através do porto de Camocim, com o continente europeu, especificamente Portugal, país de origem dos irmãos Gouveia.
Comentou-se também, sem registro oficiais de datas, tão pouco documentos que comprovem esta ocorrência, que alguns posseiros liderados pelos senhores Antonio Diogo Gouveia e José Zeferino de Veras, arremataram do Estado as terras onde hoje se situa Barroquinha e doaram à Santa Padroeira, Nossa Senhora dos Navegantes.
Estas mesmas terras, que rumavam ao norte com o travessão que separa a Barra do Rio Remédio até a Barra do Rio Timonha; que ao sul extremava com Baixa dos Baités; ao leste limitava-se com as palmeiras e o oeste datava das melancias, tornou-se distrito de Camocim pelo Ato de 07.06.1983, ainda sob a dominação de Paço Imperial.
Não se conhece o estudo lingüístico ou histórico do nome “Barroquinha”. Acredita-se, porém, que com a vinda dos Correios na década de quarenta, tenha-se oficializado esse nome em virtude de predominância em nossos solos do barro massapé, de formação argilosa e decomposta de cal. Não obstante, haja registros do nome ainda no inicio do século.
Não se conhece o estudo lingüístico ou histórico do nome “Barroquinha”. Acredita-se, porém, que com a vinda dos Correios na década de quarenta, tenha-se oficializado esse nome em virtude de predominância em nossos solos do barro massapé, de formação argilosa e decomposta de cal. Não obstante, haja registros do nome ainda no inicio do século.
Na década de 1920, Barroquinha tentou mostrar seus primeiros passos de desenvolvimento, quando foi instalada uma pequena indústria de descaroçar algodão, trazida pelo senhor Antonio Diogo Gouveia, (foto), mas que não durou e suas ruínas foram posteriormente substituídas por uma bomba de gasolina. Esta bomba foi instalada, mais ou menos, onde funciona o novo posto de saúde.
A foto postada é do avô de minha mãe, Antonio Diogo Gouveia, que residia em Granja-CE.
ResponderExcluirGostaria de agradecer, neste espaço, à Adauto Gouveia Motta Jr., à gentileza que me cedeu.
Ainda que o meu pai fosse o guardião do registro da imagem do nosso ancestral comum, foi um enorme prazer repassá-la, principalmente em se tratando de uma finalidade tão nobre. A história deve ser contada e qualquer subsídio é importante.
ResponderExcluirEm tempo, o velho Antonio Diogo (tive um tio que recebeu de sua mãe, Galdina Gouveia Motta - Sinhazinha - o mesmo nome em homenagem ao seu pai) era realmente uma figura.
Parabéns neto Gouveia por resgatar um patrimônio do nosso povo que se chama " história" .
ResponderExcluirGostaria de sensibilizar o Prefeito, Vereadores e população de Barroquinha, para trocar o nome do bairro de "CAUCAIA". Por "PAÇO IMPERIAL".
ResponderExcluirSeria uma justa homenagem ao primeiro nome de Barroquinha.
Já que "CAUCAIA" não faz nenhum sentido ter um bairro com esse nome em nossa querida "PAÇO IMPERIAL".
Fica a sugestão para as Autoridades...